Os acadêmicos Djalma Falcão, Edson Watabane, Liu Hsu, Luiz Calôba e Nelson Martins participaram do wokshop em comemoração aos 50 anos do Programa de Engenharia Elétrica (PEE) da Coppe/UFRJ, realizado no último dia 9, no Centro de Tecnologia 2, na Cidade Universitária. Durante todo o dia, pesquisadores e professores relembraram a história do PEE e alguns de seus principais projetos.
A abertura foi realizada pelo professor Luís Henrique M. K. Costa, coordenador do programa, que deu as boas-vindas aos participantes e apresentou a qualidade do corpo docente do PEE. Diretor da Coppe/UFRJ, o Acadêmico Edson Watanabe relembrou a história do programa a partir de alguns fatos curiosos e destacou também a excelência da capacitação oferecida pelo instituto.
Em seguida, foi a vez do acadêmico Nelson Martins relatar a colaboração entre o Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel) e a Coppe, estabelecida na criação do Cepel, em 1974, e mantida ao longo destes 42 anos. Em sua palestra “Cepel e Coppe: um longa, contínua e frutífera colaboração”, Nelson Martins destacou a importância de vários profissionais da Coppe na criação e estruturação do Cepel, entre eles os Acadêmicos Acher Mossé e Walter Mannheimer, além do professor Carlos Portela.
Nelson Martins mencionou alguns aspectos que contribuíram para o sucesso desta parceira. Entre eles a manutenção de amplo sistema de bolsas concedidas a alunos de graduação, mestrado e doutorado – que frequentemente ingressavam como estagiários, formavam-se e continuavam como bolsistas Cepel – e a proximidade física que levou a uma natural priorização da Coppe.
Para Nelson Martins, novos desafios devem impulsionar essa parceria. “Acreditamos, por exemplo, que o novo Marco Legal de C, T&I (sancionado em 2015) poderá contribuir para o fortalecimento ainda maior da colaboração Cepel – Coppe e o impacto de seus resultados”, concluiu.
Os acadêmicos Luiz Calôba e Djalma Falcão, professores do instituto, relembraram suas trajetórias na Coppe. Luiz Calôba traçou um panorama a partir da criação do instituto, em 1964, e lembrou a crise do início da década de 70. “Houve uma cisão entre professores que quase levou a extinção da Coppe, mas a crise foi controlada pela intervenção da reitoria, e após alguns anos a situação se normalizou. Por ter sido o centro da crise o Programa de Engenharia Elétrica quase se extinguiu, com a perda de um grande número de professores para outras universidades. Mas aos poucos também foi se recuperando, e é hoje um dos mais importantes do sistema brasileiro”, relembrou Luiz Calôba. Djalma Falcão lembrou o ingresso no instituto em 1972 como aluno do mestrado e os caminhos que percorreu como professor assistente e também junto a empresas.
Na parte da tarde, as palestras abordaram as linhas de pesquisa que resultaram em tecnologias inovadoras e produtos colocados a serviço da sociedade. O Acadêmico Liu Hsu apresentou a palestra “Buscando a Conciliação da Pesquisa Avançada com a Aplicação Prática na Área de Controle, Automação e Robótica”. Ele falou sobre a aplicação do conhecimento adquirido que culminou nos três robôs criados pela Coppe: Luma, Dóris e Diane.
O professor Richard Stephan apresentou as pesquisas que coordenou no Laboratório de Aplicações de Supercondutores (Lasup) e resultaram no desenvolvimento do Maglev-Cobra, o trem de levitação magnética da Coppe, o mais avançado projeto no mundo a utilizar a supercondutividade voltada para o transporte.
A COPPE
Fundada em 1964, pelo engenheiro Alberto Luiz Coimbra, a Coppe – Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia, da Universidade Federal do Rio de Janeiro começou as atividades com o Programa de Engenharia Química, seguido pela Civil, Mecânica e Elétrica, este último em 1966.
Ao longo de cinco décadas, formou mais de 13 mil mestres e doutores nos seus 12 programas de pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado) e tornou-se referência nacional e internacional no ensino e pesquisa de engenharia. A COPPE Elétrica atualmente conta com 47 professores do quadro permanente – além dos cinco colaboradores. Dos docente, 31 têm bolsas de produtividade em pesquisa (PQ) do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
